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Foto do escritorIver Frota

A travessia para se tornar um empreendedor visionário


jovem com mochila vendo a montanha
empreendedor visionário

Nietzsche em Assim falou Zaratustra nos convida a um mundo de sabedoria. A sua obra faz referência a um sábio disseminador de ideias visionárias. Colhemos os seus ensinamento na formação do espírito livre. Prepara-te para a grande travessia!

O profeta nos coloca diante da metáfora acerca da grande travessia. Àqueles que ousam realizá-la devem se preparar. É preciso ser forte como animal de carga, lutar como animal selvagem, conservar o coração da criança que cria novos mundos.


O espírito que empreende não nasce pronto; desenvolve-se! Os que ousam atravessar o deserto e seguir por novos e ambiciosos caminhos que o ouçam!


"As três transmutações vos cito do espírito: como o espírito se torna em camelo, e o camelo em leão e, por fim, o leão em criança.”

O espírito de camelo, o espírito de carga O primeiro passo da transmutação é tornar-se espírito de camelo, o espírito que aprende a dizer sim. Necessariamente na ordem, o espírito de camelo segue a travessia pelo deserto quente e árido. Trajeto de muitas adversidades e provações, onde o fraco se descobre guerreiro ou nele finda. O espírito de carga é capaz de compreender o mundo porque dele veio. Dirá: carreguei o mundo comigo! A travessia ao deserto encontra a escassez, onde o pouco é tudo! Tu-deves, assim deve ser conhecido o espírito de camelo, o espírito de carga.


“Muito de pesado há para o espírito, para o espírito forte, que suporta carga, em que reside o respeito: pelo pesado e pelo pesadíssimo reclama sua força.”

Esta é a sina do espírito de camelo, obediência! Seguir o que deve ser feito de acordo com ordens alheias. Obedecer não deve ser um gesto de passividade, mas de comprometimento. O espírito de camelo faz do trabalho ato de gratidão e não de submissão. A recompensa virá àqueles que sabem carregar a sua cruz; que não findam no meio do deserto; que fazem da existência campo de batalha. Os sonhos consolam as noites em claro.


"Todo esse pesadíssimo o espírito de carga toma sobre si: igual ao camelo, que carregado corre para o deserto, assim ele corre para o seu deserto.”

O espírito de leão, o espírito libertador O passo seguinte da transmutação é passar do espírito de camelo, que aprende a dizer sim, para o espírito de leão, que ruge e sabe dizer não. O leão é animal selvagem e ameaçador principalmente quando provocado. A sua natureza física já o faz temido. Ao contrário do camelo, que tem o “sim” como resposta, o espírito de leão aprende a dizer não de forma incisiva e robusta. Ele usa o “não” a qualquer forma de aprisionamento e como afirmação da vida. Aprende a dizer não aos confortos passageiros quando o que mais se precisa é de retidão. O espírito de leão habita os corações daqueles que buscam por soberania. Eu quero, esta é a afirmação do espírito de leão.


“Qual é o grande dragão, a que o espírito não quer mais chamar de Senhor? ‘Tu-deves’ se chama o grande dragão. Mas o espírito do leão diz ‘eu quero’.”

Eu quero é a afirmação dos que pisam no conformismo. O que vive conformado diz está tudo bem. Eu prefiro os inconformados que querem criar, diz o profeta. É disto que o espírito de leão é capaz! Eu quero é mais do que vontade; é afirmação de seguir os seus propósitos. Estes são incansáveis!


“Meus irmãos, para que é preciso o leão no espírito? Em que não basta o animal de carga, que renuncia e é respeitoso?”

A indagação é apenas provocação.


“Criar novos valores – disso nem mesmo o leão ainda é capaz: mas criar liberdade para nova criação – disso é capaz a potência do leão.”

Tendo aprendido com o espírito de camelo; agora, torna-se apto a erguer a cabeça: “em leão se torna aqui o espírito, liberdade quer ele conquistar, e ser Senhor de seu próprio deserto”.

O espírito de criança, o espírito de criação O passo seguinte da transmutação é passar do espírito de leão, que ruge e sabe dizer não, para o espírito de criança, o que sabe sonhar e criar. O profeta nos coloca diante das seguintes interrogações: afinal para que o espírito de criança se já somos adultos? O que o espírito de criança pode fazer além do que os espíritos de camelo e o de leão são capazes? Por que o espírito de leão tem que se tornar espírito de criança? A questão de voltar ao espírito de criança nos traz mais perguntas do que respostas.


“Mas dizei, meus irmãos, de que ainda é capaz a criança, de que nem mesmo o leão foi capaz? Em que o leão rapinante tem ainda de se tornar em criança?”

A resposta está no convite para um-começar-de-novo.


O espírito de criança é o único capaz de levar o adulto a recomeçar, a renascer para os sonhos; a devolver o sorriso ao adulto cansado; a dar vida ao desvanecido; a deixar para trás ideias envelhecidas e tomar em suas mãos atitude de abraçar o novo.


“Inocência é a criança, e esquecimento, um começar-de-novo, um jogo, uma roda rodando por si mesma, um primeiro movimento, um sagrado dizer-sim.”

É preciso agora, meus irmãos, ato de criação, desenvolver novos mundos. É isto que pretende o espírito de criança, o espírito que cria novos valores. Um esquecimento e um começar de novo, eis as palavras do profeta. Em seguida, um sagrado dizer sim.


“Sim, para o jogo do criar, meus irmãos, é preciso um sagrado dizer-sim: sua vontade quer agora o espírito, seu mundo ganha para si o perdido do mundo.”

O profeta nos revelou os três espíritos necessários a grande travessia. O espírito de camelo, espírito de carga, aquele que caminha por desertos. O espírito de leão, espírito de liberdade, aquele que aprendeu a rugir e a dizer não. O espírito de criança, espírito de criação, aquele que sabe sonhar, criar coisas novas. Que ninguém ouse fazer a grande travessia sem que tenha desenvolvido os três espíritos. Depois da apresentação dos três espíritos necessários a grande travessia, o profeta segue ensinando como realizá-la. Acompanhe tudo no livro Filosofia dos Negócios (leitura essencial aos corações abertos que anseiam empreender com espírito visionário). Estejas preparado para mergulhar neste mundo de sabedoria.

Não temeis a travessia pelo deserto, é ela que alimenta e dá força as almas inquietas e destemidas. Home | Filosofia dos negócios (filosofiadosnegocios.com)




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